Pangea, quer dizer, Buenos Aires

Fica difícil escrever aqui depois da Cris, que além de falar tudo falou bonito. Foram 2.126 km de viagem, oito dias, umas tantas Quilmes, alguns bons centímetros a menos de sola de sapato e um bom número de amigos a mais no coração.

Sempre que me perguntam o que achei da cidade fico dividida. “Buenos Aires é incrível, agora o hostel em que a gente ficou…”. Porque é essa a impressão que o Pangea deixa. De um lugar para voltar.

Já tenho até um discurso pronto para qualquer um que pense em visitar a terrinha. Pangea, São Juan com a Entre Ríos. Vai firme que vale a pena.

Eu, que esperava passar a semana imersa entre os hermanos, acabei ouvindo mais o chiado carioca e o tu gaúcho que os holas. Além, é claro, do alemão, francês, italiano, sueco, inglês e afins que caracterizam aquela babel do bem.

Me senti em casa a ponto de no terceiro dia já querer buscar sozinha o café da manhã. E só não lavava a louça porque na última hora lembrava que estava ali de férias, não visitando amigos – coisa que no fim da semana já era difícil de distinguir.

Era tão bom matar o tempo na frente da mesa de sinuca com essas pessoas – tão bem descritas pela Cristina –, que várias vezes troquei as famosas baladas portenhas por noitadas conversando sobre deus, o universo e tudo o mais. Na hora de ir embora foi delas, e não da cidade, que senti mais pena de me despedir.

E isso que Buenos Aires é incrível, agora o hostel em que a gente ficou…

Paula Bianca Bianchi

* Também pseudojornalista, gaúcha e colorada (questão de bom gosto). Mais especificamente, a guria de verde não fazendo biquinho no meio da foto do post abaixo. E não, não recebi comissão pra escrever aqui. Se bem que umas diárias são sempre bem vindas.